terça-feira, 26 de julho de 2011

Raízes Doentes podem dar bom dar bons frutos?

Raízes doentes podem dar bom fruto?

Nós, seres humanos, vivemos em dois mundos ao mesmo tempo: o mundo consciente e o inconsciente. Sob a superfície exterior, no mundo inconsciente, estão os problemas mais graves. Essa é a parte que fica abaixo da proverbial “ponta do iceberg”. Se algo está derretendo acima dessa superfície, é sinal de que o mesmo está ocorrendo sob a superfície. As disciplinas espirituais podem nos ajudar a lidar com esse problema do nosso homem interior. É ali que Deus vive, é ali que conversamos com ele. Ali nos encontramos com Deus e temos uma doce comunhão. Mas, às vezes, se nossa raiz estiver doente, toda a árvore (i. e. toda a nossa vida) estará com problemas. Se mantivermos disciplinas saudáveis, será possível identificar a fonte de nossos problemas. Então, trabalharemos com Deus, que tratará desses males através do poder do Espírito Santo. Quando uma planta não está bem, tentamos descobrir o que está havendo. Será que é muita água? Ou pouca água? Será que ela precisa de sol, ou mais sombra? Será que insetos estão comendo a planta? Às vezes o problema é óbvio; outras vezes, não. Andrew Murray, um missionário escocês do século XIX que escrevia devocionais, adverte que às vezes a vida espiritual parece saudável na superfície, mas está com a raiz doente, assim como as laranjeiras da África do Sul. Elas pareciam saudáveis e produziam frutos que pareciam bons. Um observador menos atento não perceberia problema algum, mas um especialista conseguiria detectar o início de uma morte lenta. Essa doença é conhecida como filoxera, nome do inseto que a provoca, Murray faz uma analogia espiritual. Não há outra possibilidade de cura menos radical, a não ser arrancar as raízes velhas e plantar novas. Um enxerto de uma raiz sadia pode ajudar. No tempo certo, ela produzirá o mesmo caule e os ramos de antes, mas agora com uma nova resistência à doença. Em sua analogia, Murray afirma que é na “parte da planta que não se vê [...] onde se deve procurar a cura”. O que acontece com a planta, acontece conosco também. Os problemas da vida começam na raiz da alma. Quando conseguimos percebê-los, a alma já pode estar muito doente. E a dor da alma é pior do que qualquer dor física. Mas sempre existe esperança. Podemos restaurar e manter a saúde de nossa alma mantendo vigilância constante. “O espírito do homem o sustentará na enfermidade; mas quem levantará o espírito deprimido?” (Pv. 18: 14). O livro de Provérbios também ensina que “o coração alegre é um bom remédio, mas o espírito abatido adoece os ossos” (Pv. 17: 22). Muitas vezes praticamos exercícios para acabar com nossa fraqueza física, mas raramente dispensamos a mesma atenção à alma. A saúde física não resolve os problemas espirituais. Mesmo que curemos uma doença, corremos o risco de contrair outra. Por mais que estejamos preocupados em manter um corpo sadio, como seres humanos nós estamos todos destinados a morrer um dia. Entretanto, uma alma sadia nos fortalece tanto nesta vida quanto na eternidade. E qual é, então, a moral da história? É pela raiz que se tratam os problemas da vida; é ali que cuidamos de nossa alma; e o remédio é a disciplina espiritual (oração, jejuns, leitura e meditação da palavra e participação na igreja). Estes são os melhores remédios e exercícios para manter a sua alma sadia.

Extraído e adaptado do livro Caminho da transformação de Joshua Choonmim Kang (Rev. Régis da Silva)

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